quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mulher de coragem!

Ainda estou em choque...por momentos pensei que estava a ver um filme, mas não...era mesmo o noticiário da SIC.

Havia tiroteios nas ruas de Tripoli e a jornalista Cândida Pinto estava a entrar em directo de cocoras. Ouviu gritos na rua, levantou-se e olhou por cima dos arbustos que a protegiam na varanda. Não sabia se havia confrontos ou os rebeldes a celebrar alguma conquista...e eis que começa o tiroteio sobre a varanda do hotel onde os jornalistas estavam a fazer os seus directos...ela só teve tempo de se baixar de novo.

Ainda tenho o estomago todo embrulhado por ter assistido àquilo...mulher de coragem aquela, que arrisca a vida para informar...


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Na blogosfera como na vida

Reparo que existem pessoas de muito mal com a vida. E isto a propósito dos comentários imbecis que recebi. Resolvi não os publicar porque de valor acrescentado não têm nada...apenas revelam que existem pessoas que se ocupam demais com a vida dos outros. Que se preocupam demais com o que fazemos ou deixamos de fazer. Quiçá seja por falta de vida própria, por frustração...

O que a minha vizinha do lado faz ou não, não me diz respeito, se ela quer pintar a cara de cor-de-rosa ou o cabelo de verde, o que é que eu tenho a ver com isso?! Nada! Assim como ninguém tem nada com isso se eu quero emagrecer muito ou pouco. Mas deixo a ressalva que desejar a alguém que tenha uma doença grave para que assim se possa emagrecer muito até ficar anorética é de muito mau gosto.

É revelador de uma pessoa muito mal resolvida, muito mesquinha, muito frustrada, muito IMBECIL!

E na blogosfera, tal como na vida existem estas pessoas que pensam que são muito superiores aos outros por dizer/fazer/escrever determinadas baboseiras e que no final das contas são ridicularizadas, humilhadas, insultadas.

Ajudai-me gente do Porto!

Vós que habitais na Cidade Inbicta, podereis dar uma ajuda aqui à moça?

Pois que as férias já estão decididas. Vamos todos para Réus (Barcelona) para casa do tio que insiste em convidar. Somos 6, o que se torna um problema grande em termos de transporte de e para o Aeroporto.

Apanhamos o avião no Porto as 6.30 da manhã...e para evitar 2 carros estavariamos a pensar levar 1 carro, estacioná-lo no aeroporto por 5€/dia, e uma pessoa iria de autocarro. Após uma pesquisa na rede-expressos constatei que há um autocarro às 2 da manhã a sair de leiria que chegará ao Porto às 4.25. Seria perfeito, não fosse depois o taxi até ao aeroporto custar a módica quantia de 18/20€. Tentei arranjar soluções alternativas mas não estou a conseguir. Metro abre as 6 da manhã e o primeiro a chegar ao Aeroporto chega às 6.45. Muito tarde para mim. A volta é as 10 da manhã, o que facilita, mas a ida...Não me está apetecer levar 2 carros (e fazer 200kms + portagens+estacionamento no aeroporto) por causa de 1 pessoa e por isso mesmo nem me importo de ser eu a ir de autocarro, por outro lado, também custa pagar 14.50€ de autocarro mais 18 ou 20 de taxi.

Alguém sabe de mais soluções alternativas? Alguma alma que a essa hora da manhã apanhe o mesmo avião que eu dia 3 de Setembro?

Agradecidinha!

sábado, 20 de agosto de 2011

Das anonimas da nossa vida blogosférica

TENHO UMA DUVIDA.PUBLICO OU NAO COMENTARIOS IMBECIS DE ANONIMAS IMBECIS?

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Daquelas que nos inspiram

Existem dias dificeis. Daqueles em que nada nos fica bem aos nossos olhos, daqueles em que se torna dificil suportar uma crítica, uma brincadeira. Existem dias mesmo lixadinhos.




Hoje é um dia assim. Porque não me sinto bem no meu 1,73 e 70kgs de peso...O IMC está dentro do normal, o médico diz para não emagrecer mais pois a estrutura ossea ressentir-se-á da falta de suporte muscular, blá blá blá wishkas saquetas.




E embora não me apeteça cometer nenhuma loucura calórica...a verdade é que sou preguiçosa demais para me didicar com afinco à bicicleta que tenho a ganhar pó...




E sinto que sou fraca, fraca e sem força de vontade. Eu que sou tão moralista com a força de vontade (para os outros) dou por mim sem força de vontade suficiente para iniciar um programa de treino sério para combater a flacidez e os 4/5 kgs que quero perder.




Mas a blogosfera tem pessoas que nos inspiram, que nos dão uma mãozinha sem sonharem que o estão a fazer. E num impluso li o Pura Essência de fio a pavio. Porque a Lebasiana é uma Mulher que sem preconceitos admitiu que era desleixada com ela própria, que era maria rapaz e que tinha a auto-estima muito em baixo. E quis mudar e mudou. E mudou radicalmente e sente-se muito mais feliz agora com a imagem dela, com o interior dela, com a vida que ganhou.




E hoje essa Mulher inspirou-me para eu mudar o bocadinho que quero mudar em mim!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Do trabalho em equipa

Trabalhar em equipa é muito mais fácil. Trabalhar com companhia é mais fácil. Trabalhar e partilhar o serviço que temos em mãos é bastante mais produtivo.

Durante algum tempo fui um pouco intolerante a trabalhar em equipa. Porque a outra parte não fazia o que tinha de fazer com brio, com profissionalismo e nisso sou bastante chata. As coisas ou fazem-se bem ou não vale a pena fazer, porque depois dá o dobro do trabalho. E para ver coisas mal feitas preferia fazer sozinha, sendo acusada de egoísmo, de snobismo, de individualismo, etc e tal. E isso valeu-me a não renovação de um contrato. Valeu-me ficar desempregada 2 meses. Só e apenas 2 meses, sem qualquer tipo de rendimento, porque ainda não tinha feito os descontos suficientes para ter direito ao subs. de desemprego.

Fiz-me à vida. Agarrava com unhas e dentes qualquer oportunidade de trabalho...só pareceram 2. Como promotora. Não me caíram os parentes na lama por estar a fazer promoção de água do luso no Modelo, e semanas mais tarde vender bonecos na instituição onde trabalho agora. Ganhava 1 euro por cada boneco que vendesse. E por vezes não vendia nada...Era um trabalho solitário, ingrato, mas era melhor que nada.

Através disso surgiu a oportunidade de trabalhar onde trabalho. Eu e a minha chefe apenas. Eu que sou de turismo, habituada a lidar com o público, a estar atrás de um balcão, a falar com muitas pessoas diferentes por dia, de repente vi-me fechada um gabinete...e foi terrível, terrível, terrível.

Com o passar do tempo habituei-me e agora até prefiro, é bem mais calmo, e quando estamos em dia não...o facto de não termos de lidar directamente com o público ajuda em muito. Caso contrário, teria sempre de mostrar o meu melhor sorriso, trabalhar para o lazer dos outros e ficar ainda mais com a neura. Assim leva-se melhor. Não queremos falar não falamos, não queremos sorrir não sorrimos.

Mas eu também tive sorte pela chefe que tenho. Também não suporta trabalho mal feito e por isso foi-se tornando persona non grata por muitos que por aqui andam, porque é muito exigente, dizem eles. Não se tanta de exigência, trata-se de profissionalismo e brio profissional. E nisso estamos plenamente de acordo.

Funcionamos muito bem em equipa. o que uma pensa fazer a outra já fez. O que uma pensa em melhorar a outra melhora. O que uma faz a outra aprende. E assim o nosso serviço é dos que melhor funciona nesta instituição (cof, cof, cof). Tenho noção disso, porque somos elogiadas, porque vemos frutos do nosso trabalho e porque queremos sempre mais e melhor.

E só resulta porque trabalhamos bem em equipa. Aqui não há individualismo, egoísmo, snobismo. Falamos em "Nós" e o que uma faz a outra tem conhecimento. Não há nada que passe ao lado uma da outra. O serviço não pára se uma de nós não está. E ela não tem aquela postura de chefe. Somos colegas. De igual para igual. Não há aquele assunto que só o chefe é que sabe, só o chefe é que trata. Eu tenho pela liberdade para tratar e resolver como sei ou me parece. E afinal o problema do trabalho em equipa não era meu. Talvez a maioria das pessoas com quem trabalhei não sabia efectivamente o que era trabalho em equipa.

Estou a trabalhar sozinha desde o dia 18 de Julho...as férias da chefe são compridas...e estou mesmo de rastos. Tenho o serviço todo em cima de mim...e apesar de ser o 4º ano a assegurar sozinha o serviço continuo sem querer desiludir ninguém nem a mim própria. Ando de rastos e gosto muito mais de trabalhar em equipa. É mais facil, mais seguro, mais leve.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Da teoria à prática



Mas, o dever impõe-se, a ida a Serpa tem um objectivo: conversar com Luís Afonso, o geógrafo, o cartoonista, o homem do teletrabalho, o alentejano. O encontro está marcado para a livraria “Penso Ouvimos e Lemos”. Um grupo de alentejanos está sentado no jardim “por favor sabe onde é a livraria? ” é mesmo à sua frente, respondem, sorrindo.
Não é preciso ouvir o sotaque, nem ver o olhar que tudo alcança, para perceber que Luís Afonso é alentejano. Não um alentejano do passado, das fotos ou dos desenhos, um alentejano de ontem, de hoje e, principalmente, do futuro.
Adiantando-me já à conclusão da conversa que mantivemos com o Luís Afonso, posso dizer que ele é o seu próprio cartoon. Usa o silencio, a simplicidade, os desenhos e o humor para fazer uma reflexão crítica sobre o mundo que o rodeia.


À questão “porquê optar por ficar no Alentejo?”, Luís Afonso coça a barba, sorri e atira “ Costumo dizer: há várias razões para ficar no Alentejo, não vejo nenhuma para sair”. Confesso que pensei em parar a entrevista aqui, aquela resposta dizia tudo, ou melhor, tudo o resto seria apenas para compor o ramalhete e partir para um outro tipo de conversa, quem sabe a outra hora e com outros acompanhamentos que não fosse o café da manhã.
“Dei aulas durante dois anos, depois fui trabalhar para a Câmara de Serpa como Geógrafo e comecei a colaborar na Associação Terras Dentro, dava apoio, como geógrafo, a várias câmaras da margem esquerda”.
Vi nele um certo orgulho quando referiu que tinha feito a caracterização geográfica da zona de intervenção da Associação, que ganhou a gestão do Leader 1 nesta zona.
Um dia voltou ao ensino, era preciso um professor de Geografia para dar o 12º ano, caso contrário, os jovens de Serpa teriam de ir para Beja, juntando isto a questões familiares, mais um filho vinha aí, Luis Afonso aceita ir dar umas aulas.
Mas, não era o professor de geografia que me tinha levado a Serpa, Luís Afonso era o cartoonista que nos faz sorrir com as muitas demasiadas noticias más que enchem as páginas dos jornais, depois lá vem o Luis Afonso desmontar as tragédias e dar um sentido à vida...digo eu.
“Pois nessa altura, quando vim dar aulas, o trabalho nos jornais apertou um pouco”.
“Ah...e quando é que isso começou?” Indaguei.
“O trabalho nos jornais surge ainda quando eu estava em Lisboa, aliás foi logo no primeiro ano, eu publiquei uma banda desenhada e nessa altura perguntaram-me se eu não queria fazer cartoons numa publicação semanal.”
E os cartoons entraram na vida deste alentejanos e desde então “não houve semana em que eu não fizesse cartoons, em 1990 fui para “A Bola”, em 91 para a “Grande Reportagem” e em 93 apareceu o “Público”, e é nessa altura, com o aumento do trabalho como cartoonista, que começo a ter dificuldades em conciliar as minhas três vidas, a de professor, a familiar e a de cartoonista, alguma tinha de ficar para trás, e foi o professor que se perdeu”.
Fazer cartoons para publicações nacionais e viver fora dos grandes centros não era, na altura “normal”.No princípio disse Luis Afonso “Era difícil, a tentação de sair daqui para fazer o meu trabalho era muito forte. Porque os meios técnicos não eram os que são hoje, não havia internet, eu mandava os trabalhos por fax e o fax já era uma grande coisa. Tive de comprar um fax, porque à hora em que por vezes tinha de mandar os trabalhos não havia fax em lado nenhum. Lembro-me que foi uma das coisas mais caras que comprei, um fax”.
“ Não era fácil trabalhar, para onde quer que ia levava o fax, era para fins de semana para férias, enfim... e depois tinha de ir à linha de telefone desmontar e ligar o fax e por vezes as pessoas entravam em pânico, mas lá ia trabalhando, lá ia de fax às costas e com a mala de ferramentas”
As novas tecnologia ao serviço do homem são boas, disse eu a Luís Afonso “Hoje é uma felicidade, posso estar no meio do campo e mandar os cartoons, hoje é muito fácil”.
Nesta altura lanço a pergunta “trabalhar no Alentejo com a beleza a tranquilidade é inspirador?”
“Isso de estar no campo e ser inspirador é um mito e no meu caso particular não inspira coisa nenhuma, porque a minha inspiração vem de haver ou não haver noticias”.
infra-estruturas físicas e para as pessoas que poderiam gerir melhor o seu tempo e evitariam a, por vezes, erosão das relações humanas”.
É portanto apologista do teletrabalho?
“É engraçado... De vez em quando, se se fala em teletrabalho, vêem ter comigo. Eu faço teletrabalho há vinte anos! Gosto de gerir a minha vida, o meu tempo e o meu dinheiro, não sou nada liberal em termos laborais, as pessoas devem ter o mínimo de segurança no emprego, ainda que eu não a tenha, eu sou um tipo que vive há 20 anos de recibos verdes e não há que dramatizar”

“A qualidade de vida, o tempo que o Alentejo pode dar às pessoas já cá está, o que é fundamental saber, é o que essas pessoas poderão vir a dar ao Alentejo. Se as pessoas que vierem para o Alentejo não se acomodarem, se souberam aproveitar o tempo que poupam nas deslocações nas grandes cidades e se o aplicarem aos outros e à região então todos ficam a ganhar. As pessoas aqui podem aproveitar o tempo para pensar em novos projectos, em novas ideias, que tornem ainda mais viável a vida nesta região, aumentando a sua alegria e a oferta do Alentejo”
O tempo não parava e da meia hora ou uma hora prometida já lá iam duas e ainda havia tanta coisa para falar.
O que recusas ser no Alentejo?
“Um figurante para turista ver e fotografar, eu quero um Alentejo com condições de vida e que haja mudanças. Temos de compatibilizar a tradição e a componente moderna temos aqui espaço para a memória e para a inovação, e a mudança vai ser feita pelas pessoas que aqui estiverem, por isso, quanto mais pessoas vieram para o Alentejo mais massa critica haverá mais ideias mais opiniões diversificadas existirão e por isso a mudança positiva é inevitável.”

Acabei de me cruzar com esta entrevista...
 
O que daqui retenho é a ultima frase: (...) Alentejo sem complexos, que tem muito para dar, mas que também está ávido de receber.
 
É que em teoria é muito bonito e tal, qualidade de vida e tal...mas precisamos tanto, tanto de receber...que só quem cá vive o entende realmente!Porque não temos acesso fácil a coisas banais, coisas comuns...e por vezes torna-se difícil entender o porquê de estamos completamente esquecidos...

Graxista

Já ando para o fazer há algum tempo, mas ainda não tinha encontrado as tais.

O meu marido é um ser que acha que o consumo é desnecessário. Acha que nunca precisa de roupa, sapatos e afins, mas eu quero que ele ande bonitinho. E adoro All Star. E ele também mas acha que são caras e por isso nunca compra. E já tem 2 pares que compramos antes do casamento, porque a ideia de ir de All Star para o casório vingou e era urgente comprar. Compramos uma cinza e uma azuis. Para ele que para mim não havia o número certo. Depois de 2 anos a dar-lhe forte eis que chega a altura de comprar umas novas, não por necessidade mas por capricho meu. É queria comprar-lhe em laranja, mas não havia o numero certo. E queria comprar verde, mas não havia o número certo. E queria comprar azul turquesa, mas não havia o número certo. Raio do homem, não seria mais fácil ter um pé de tamanho 40?!? Não, tem de ser o 41 e 1/2...e desse número só havia branco imaculado. Seja, que daqui a pouco acaba o Verão e All Star só para o ano. E lá comprei, em branco imaculado.

E lá vou eu aparecer em casa com um saco enorme, dar-lhe os ténis e depois..."Morzito,olha é só para te dizer que perdi o anel que eu quis que tu me oferecesses...". Vai soar ma...parece que estou a dar graxa, do género...eu perdi o anel mas não te zangues comigo afinal estou a oferecer-te um presente.

Não foi nada premeditado, juro. Estavam com 15% de desconto e aproveitei. E espero que ele goste. E quando fizermos anos de casados me ofereça outro anel...Prometo que tento não o perder.

A culpa é da dieta

Os meus dedos nunca foram gordos...mesmo quando eu aparentava semelhanças a um cachalote.

Nunca usei muitos aneis por causa disso...os dedos são fininhos e todo e qualquer anel tem de ser tamanho 12...e mesmo assim cai do dedo.

A aliança era quase do tamanho certo quando comprámos mas foi ficando larga e pedi ao meu gajo um anel muito simples para comemoração do 1º aniversário de casamento. Ficava mesmo mesmo bem ao lado da aliança e ajudava a que ela não caísse.

Com o passar do tempo este também foi ficando largo e hoje perdi-o...Só me apetece dizer palavras feias!

O anel não é nada de especial, é simples e foi barato, mas era meu, gostava dele e tinha um valor sentimental enorme...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Do (pre)conceito

Por vezes sou (pre)conceituosa...em diversos temas comuns, pessoas, coisas. Sou, assumo.

Mas depois de constatar que afinal o meu (pre)conceito está longe de ser verdade, longe da realidade, fico toda feliz e contente. Por me abrir horizontes e por me ajudar a ser uma pessoa melhor, mais culta e bem formada.

Da cozinha...

Apesar do calor infernal que se faz sentir aqui neste Alentejo profundo, ando armada em chef, e chego a casa e agarro-me ao fogão como se não tivesse mais nada para fazer.

Ontem foi dia de experimentar fazer caracois. E não é que estavam quase bons. Faltaram algumas coisas, entre as quais, mais sal, mais pimenta e mais tempo de lume brando para sairem todos da casca, mas fora isso...comiam-se...alguns...

Para primeira vez não estava mal de todo (estavam comestíveis pelo menos), mas ainda tenho um looooooooooongo caminho a precorrer.

Agora tenho uma bola de mozzarella para lhe dar destino. Amanhã há jantarada com amigos, Sábado piquenique e Museu do Pão em Seia, por isso não vou esperar até Domingo para aproveitar me deliciar com mozzarella (qual bomba calórica). Hoje está outra vez muito, muito calor por terras alentejanas mas vou dedicar-me novamente a cozinhar qualquer coisa diferente do habitual.

Gosto de inventar na cozinha e experimentar coisas novas. Tem dias que invento tanto que depois não consigo repetir a receita que até estava boa. E tem outros dia que nem me apetece comer porque ando farta de comer carne, peixe, arroz, massa, batatas, ovos...um destes dias almocei atum com salada de tomate, e soube-me tão bem que repeti a dose o resto da semana. Mas agora ando com uma vontade de inovar inventar.

Hoje o almoço será caracois e tenho esperança que saibam melhor hoje...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Dos suicidios

Infelizmente o tema não é novo para mim...tive um primo que se suicidou quando tinha 18 anos. Éramos da mesma idade e acima de tudo, mais que primos éramos amigos. Uma colega de escola logo depois suicidou-se porque era hermafrodita e não conseguia viver com isso...

Na véspera do meu casamento um tio, pai do meu padrinho também se suicidou. O pai de uma amiga suicidou-se porque não conseguiu superar a doença e morte da esposa. No trabalho 3 colegas suicidaram-se em menos de 6 meses...e agora recentemente soube do caso de uma senhora (que conhecia da época da escola porque era dona do café que frequentávamos) que tentou o suicídio porque o marido a traiu.

É preciso ter muita coragem para por termo à vida. É preciso uma capacidade de abstracção muito grande, um sangue frio imenso.

Ainda assim, nada justifica acabar com o bem mais precioso que temos que é a vida. Por muito duro que seja, há que enfrentar o problema e resguardar-nos o mais possível para bem da nossa sanidade mental.É que depois não há volta a dar. É egoísmo pensar demasiado nos nossos singelos problemas e não pensar na dor de quem cá fica, pais, filhos, irmãos...é doloroso demais.

No caso do pai da minha amiga, ela ficou órfã com 21 anos...tinha acabado o curso, não tinha emprego...ficou abandonada à sua sorte, a mãe tinha morrido subitamente de doença em Janeiro e o pai suicidou-se em Junho...Ela não o perdoou...nem perdoa...

No caso da senhora que tentou o suicídio por o marido a ter traído iria abandonar 3 filhas maravilhosas com 12, 8 e 4 anos...Elas mereciam isso?!Não, claro que não.

Não me cabe a mim tecer comentários e fazer juízos de valor sobre as motivações de cada um, mas é demasiado cruel abandonar assim os filhos...num puro acto de egoísmo porque não se consegue aguentar o sofrimento.

Todas as pessoas sofrem e todos temos problemas mas se o suicídio fosse a solução todos o fariam e acabava a raça humana em 3 tempos.

Nenhuma vida humana tem mais importância que a nossa própria vida...nenhum problema fica sem solução, nenhuma outra razão é mais importante que a nossa vida. Temos momentos complicados, momentos tristes, momentos dolorosos, mas é tão bom viver dia após dia com as pequenas coisas que a vida tem para nos oferecer. É tão bom sermos felizes por um momento. Nem que seja por 1 segundo. A felicidade vivida num segundo apaga todos os dias maus que ficaram para trás. Não nos devemos privar de sermos felizes nem que seja por esse segundo, mesmo que esse segundo tarde a chegar, um dia chegará e devemos preservar a nossa vida sempre.

Outfits de trabalho

Até posso ser um bocadinho conservadora, retrogada, pudica, demodê, o que me quiserem chamar, mas para trabalhar visto-me de acordo com o local onde estou.

Não me parece bem ver indumantárias para trabalhar que mais parece que se vai para a praia, ou pior, para uma saída à noite.

Também não me parece bem ver indumentarias que são o ultimo grito da moda mas nada adequadas ao local de trabalho, senão vejamos: mini-saias (nada adequadas para quem tem de se baixar regularmente), saltos vertiginosos compensados (para quem tem de andar de um lado para o outro), tops cai-cai (que por vezes quase que caiem mesmo), blusas sem costas, decotes até ao umbigo e demais indumentarias sugestivas.

Isto é uma instituição publica, não tendo dress code, deve reger-se pela formalidade, também devido ao serviço que presta, mas por vezes os meus colegas abusam da sorte.

Não digo que as mulheres não possam andar de vestidinhos, tops, saias, saltos altos e por ai fora, mas devemos todas ter decoro...Para os homens, chinelos e calções também não me parece correcto. Vamos prestar um serviço a uma população. Somos a cara da instituição. Mesmo que aleguem estar dentro de um gabinete e que não tenham contacto com o público...pode haver uma reunião de ultima hora com superiores, com entidades externas, enfim...um sem número de pessoas podem requerer a nossa presença quando menos esperamos.

É possível apresentar vestimentas descontraídas mas compostinhas. Penso eu de que...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Amoras Silvestres

A minha sogra ontem apareceu lá em casa com uma caixa cheia de amoras silvestres.

Adoro, adoro, adoro. Pena é custar tanto a apanhar nos silvados...mas são uma maravilha.

A reter: O facto dela ter ficado com os braços todos arranhados para apanhar amoras que eu gosto e me dar não invalida eu estar zangada (furiosa) e desiludida com ela pelas bocas que vai lançando para o ar...e tampouco muda a minha opinião sobre a génese de pessoa que ela é...mas pronto, é mãe do meu marido e ontem deu-me amoras silvestres.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Como eclipsar uma embalagem de mascarpone

Tinha uma embalagem de mascarpone no frigorífico e tinha passado a validade um dia antes. E como estava muito calor apetecia-me algo fresco e tinha mesmo de utilizar o bom do queijo.

Em vez de pesquisar uma qualquer receita resolvi dar uma de chef.

Coloquei o mascarpone no liquidificador com 3 colheres de coco ralado e uma lata de leite condensado que andava por ali aos trambolhões à meses. Aquilo ficou tão liquido tão liquido e quase irremediavelmente perdido. Resolvi acrescentar um pacote de natas a ver se a coisa se compunha. Pior, mais liquido ficou.

Entrei na dispensa determinada a sai dali com qualquer coisa que servisse, nem que fosse farinha maizena (a minha amiga das desgraças culinárias). Encontrei um pacotinho de gelatina de morango. Seja! E então, em vez de fazer com os 250ml de água quente e os 250ml de água fria, eliminei a água fria e dissolvi a gelatina em 200ml de água quente. Misturei aos restantes ingredientes que estavam no liquidificador e coloquei numa taça.

Liquido mais liquido não havia, mas como tinha gelatina ainda fiquei esperançada. Bendita a hora que encontrei a gelatina. O mascarpone deve ter servido para nada naquela receita, mas estava lá. E no dia seguinte tinha uma espécie de bavaroise de morango. Uma espécie de...mas estava boa boa boa!

Nota: este post estava em rascunho desde a semana passada, e hoje é que me lembrei.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Preguiça dá prejuizo...

Hoje estou com uma preguiça tão grande que nem me apetece escrever o meu nib num talão de reembolso da ração do cão.

Exercitar o pensamento dá nisto...

É ponto assente que queremos mudar de cidade, mudar de emprego e mudar de casa. E ambos estamos de acordo quanto aos timmings certos (ou mais ou menos certos) para o fazer.

E agora...acabei de ter uma ideia de negócio que poderá resultar muito bem aqui onde vivemos (a ideia não é nova, mas temos espaço e condições para o realizar, bem como é algo que não existe nem aqui nem num raio de 100kms), que tem tudo a ver connosco...

Estou num dilema...se andar com a ideia para a frente não poderei voar para outro lado e se voar para outro lado já não posso realizar este projecto...

E agora?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O fiel amigo de 4 patas

Durante uns tempos o meu cão estava apático, sem energia, sempre com sono, quase não comia e o pelo teimava em cair muito, o que originava bolas de futebol de pelo nos cantos da casa...

Andava a passar-me com o bicho...bem sabia que ele não tinha culpa, mas aquele pelo todo pela casa era coisinha para me levar ao desespero e a equacionar a hipótese de não ficar com o cão caso viesse a ter um filho. Iria custar-me horrores mas aquele pelo todo tirava-me do sério...

Assumimos que fosse do calor o estado apático dele, e a queda exagerada de pelo. E assim andamos durante uns 2 meses.Até que o meu gajo (rapaz atento e sábio) alertou-me para o facto das gengivas do canito estarem mais vermelhas que o habitual. Eu ao inicio desvalorizei, e como nunca reparei nas gengivas não tinha termo de comparação. Até que os dentes começaram a escurecer. E rumamos ao veterinário.

Diagnosticaram-lhe Periodontite. Não é mais que acumulação de tártaro e como eles não lavam os dentes vai piorando e torna-se um meio priveligiado para bactérias. Essas podem entrar na corrente sanguinea e levar a falência dos orgãos internos, num estado avançado da doença. Os cães mais pequenos têm mais aptencia para desenvolver esta doença e por isso convem tratar assim que é detectada.

E para além de antibiótico que tivemos de fazer durante 10 dias, escovar os dentinhos 3 vezes por semana lá teve de fazer a destartarização. Ficou uma tarde no veterinário, com anestesia geral que o deixou completamente K.O. e sem forças para nada. Lá se restabeleceu e agora, continuamos com o antibiotico e com as lavagens dos dentes e...mudamos a ração. E agora qual Lord até tem direito a ração do veterinário que custa a módica quantia de 16€/2kgs.

Custa um pouco dar esse dinheiro por um saco de ração, e mais a despesa do veterinário mas era incapaz de deixar o meu amiguinho a sofrer.

Agora com aquela ração não tenho um pelinho em casa o que me deixa muito contentinha.

Assumimos ter o cão e por isso devemos proporcionar-lhe todo o conforto e bem estar possivel. para além de que é super nosso amigo, desobediente é um facto, mas muito amigo e muito fiel.

Nunca tinha visto o filme "Marley e eu", deu no fim de semana, e fartei-me de chorar...é que de facto, mesmo sendo apenas um cão, faz parte da nossa familia e jamais teria coragem de o abandonar ou de o deixar sofrer até morrer.

Capacidades

Por vezes dou por mim a fazer mais do que uma tarefa ao mesmo tempo. Quem diz no trabalho diz em casa.

Não sei se é uma qualidade ou um defeito. Ainda não decidi.

Consigo fazer algo completamente diferente num intervalinho de segundos, enquanto espero por uma impressão por exemplo. Segundos preciosos para ir fazendo algo que não exige demasiada concentração. Há quem inicie uma tarefa depois de ter ternimado outra. Dizem que isso é que é ser organizada.

Pois eu não acho que se trate de organização ou desorganização. Se consigo fazer várias coisas simultaneamente não vejo necessidade de esperar que uma esteja terminada para iniciar outra.

Mas por vezes a "pressa" de fazer tudo resulta numa grande tareia à minha pessoa. Fico exausta, e penso "Caramba, não havia necessidade de te esforçares deta maneira se tinhas tempo de sobra".

E por isso ainda não decidi se é uma qualidade ou um defeito.

Das opções de vida

A minha chefe foi de vacaciones. Está a fazer o California Dream.

Todos os anos ela faz uma viagem grande e uma pequena. Isto quer dizer: uma grande em Agosto e uma pequena na Páscoa. E isto quer ainda dizer que entende pequena por ir a Cabo Verde, a Palma de Maioca, à Turquia, à Madeira, a Cuba,à Grécia...e por ai fora, e entende grande viagem por ir à Russia, ao Brasil, a NYC, à Argentina, ao Chile, a Maiami, a Las Vegas, e por ai fora.

Trabalho com ela desde 2007, e desde aí já foi 3 vezes à Madeira (e acho que já foi umas 10 vezes), 3 a Cabo Verde, à Turquia e Antalya, à Russia, a Palma de Maiorca, a Lanzarote, à Polónia, a Viena e Budapeste, e agora a Los Angeles, S. Francisco e Las Vegas.

Acho fantástico. A verdadeira turista.

Nunca se lhe conheceu nenhum namorado, vive sozinha, dedicada à familia. Está quase a reformar-se e diz que espera ter saúde para gozar a reforma com viagens.

Eu admiro-a, pela pessoa que é, pela competência, pela lealdade...é das pessoas mais correctas e justas que alguma vez conheci.

Por outro lado, não entendo bem a opção de vida...viajar, conhecer este mundo e o outro, mas...chega a casa e não tem com quem partilhar o dia-a-dia, não pode conversar sobre o que está a dar a TV, comentar uma noticia, falar sobre um filme, trocar impressões sobre o que fazer para o jantar, sobre as compras a fazer no supermercado...

Cada pessoa faz a opção de vida que melhor lhe parece, ou porque assim o prefere ou porque determinadas circunstâncias da vida assim o ditam, mas a mim esta não era uma opção de vida viável.

Gosto de estar sozinha, mas tenho muito medo da solidão. Daquela solidão de não ter ninguém para partilhar o meu dia-a-dia. Daquela solidão de não ter o conforto de um abraço. Daquela solidão de não ter um filho (de sangue ou não - porque mãe e pai são quem cria e dá amor). Daquela solidão de olhar em volta e ver que não resta ninguém da minha família. Daquela solidão de não ter quem me ligue no dia de aniversário nem que me cantem os parabéns. Daquela solidão de estar doente e não ter quem me leve um copo de água à cama, ou prepare o pequeno-almoço. E não falo em viver 10 anos sozinha. falo numa vida de 60, 70 ou 80 anos...Daquela solidão de cair da cama e não ter forças para me levantar e ficar áli a definhar dia após dia...

Tenho mesmo muito medo dessa solidão e não trocava uma "vida padrão" por todas as viagens pelo mundo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Esmiuçemos

Isto, e isto.

Há coisas que efectivamente me ultrapassam...ora se o cargo é motorista...porque os vencimentos são tão diferentes...?!E não me parece que se trate de antiguidade na profissão...

Deslarguem-me que vou-me a eles!!

E após ter dado uma valente decompostura ao Sr. Eng responsável pela obra da minha casa não me sinto melhor.

Passaram 5 anos, consequentemente a garantia também...e problemas resolvidos nada...

E o ultimo agendamento seria durante o mês de Julho. O Julho passou e nada. Porque é um mês de férias. E no Inverno não se pode arranjar nada porque chove.

E sim, foi uma valente descompostura tudo dentro da boa educação. Só não lhe chamei mentiroso porque não calhou. mas de caminho fiz queixa às Entidades que regulam a actividade e a profissão dele. Temos pena. Resolvesse o que tinha para resolver em tempo útil.

Mas não me sinto melhor. Estou nervosa, raivosa diria mesmo. E só não ataquei ferozmente um chocolate/gelado/outra coisa qualquer porque tenho aqui ao lado a voz da consciência, minha e dela, senão era mesmo um chocolate devorado em menos de 5 segundos...

Mesmo depois de descarregar 5 anos de problemas de construção ao telefone e de me sentir exausta com o discurso que tive...não me sinto melhor...sinto-me pior...mais enraivecida por nada ter sido resolvido.

Mas não me calo, que a Vera boazinha acabou. Agora é partir para a guerra e ganhar!

Uffa, até isto foi escrito a velocidade relâmpago!