Constrangimentos de engravidar no interior do país #3

Ter de aprender a lidar com o boato de que o meu marido não é o pai do meu filho...(vindo de mentes iluminadas desocupadas)

Permaturos

Acabei de dar de caras com um blog de um pai feliz. Acabei de dar de caras com a noticia de que bebé que tanto desejaram nasceu dia 20 com apenas 23 semanas e pouco mais de 500 gr. Acabei de dar de caras com o facto de que...a bebé não resistiu...estou triste.

Os sonhos, os planos, os desejos...foram por água abaixo. Não consigo conceber essa ideia. É demasiado doloroso.

Pelo que já experienciei...aprendi a não me pagar demasiado. A não fazer muitos planos. A não desejar muito para o bebé que aí vem. Isso não quer dizer que não o ame com todas as minhas forças.

Mas até que ele nasça...há que viver com cautela, viver um dia de cada vez, sem pensar muito no futuro. Disfrutar do presente. 

Dizem que não me compreendem. Que sofri tanto para engravidar e agora...não falo do meu filho, não faço planos para o meu filho e nem sequer tenho nada para o receber. Não me envergonho disso. Também não me orgulho. É o que sinto. Uma estratégia de defesa talvez.

Afinal tanta coisa pode acontecer...

Lamento muito por aqueles pais. Lamento tanto. Não os conheço, mas lamento tanto...

Constrangimentos de engravidar no interior do País #2

A maioria das vezes não te dão prioridade em lado nenhum, mas se alguém tem a pouca sorte de te dar prioridade numa caixa de supermercado, somos olhadas de lado, fuziladas com os olhos e o "infractor" descomposto em praça pública.

Constrangimentos de engravidar no interior do País #1

Querer comprar alguma roupa de grávida e não encontrar em lado nenhum num raio de 50 kms, porque não se justifica...

Serei só eu

Acho o Miguel Veloso e o Cauã Reymond parecidos.

E logo eu, que não morro de amores por nenhum deles.

   

Uma pessoa vai de fárias e pimba

Andava com vontade de experimentar, e vai daí, as férias foram o argumento mais que perfeito, já para não falar que ficava (coincidentemente) a dois passos do hotel onde ficámos.

Experimentámos este restaurante e foi uma experiência muito divertida. A comida estava boa e o preço simpático.

Das palavas aos actos

Uma coisa é a pessoa dizer que é solidária, altruista, etc e tal. Fica bem dizer, mesmo que não se mova uma palha para fazer acontecer.

E eu assumo. Sinto-me solidária, altruista, empática com diversas causas, mas acho que nunca mexi o cu da cadeira para fazer algo por iniciativa propria nesse campo. Por vezes vou por arrasto, outras porque calha bem naquele dia. Agora mudar a minha vida, a minha rotina para o campo da solidariedade...nunca o fiz. Mea culpa.

Mas há PESSOAS com letra gande, que em vez de se armarem em boazinhas e sonsinhas como eu, vão das palavas aos actos. PESSOAS tipo esta, que depois de anos com identidade escondida, descobrimos que se chama Liliana. E parece-me a mim que divulgou a sua identidade para dar mais credibilidade à causa que apoia. Sim, que seria complicado mover este mundo e o outro sem que a identidade fosse revelada.

E esta mesma pessoa fez isso mesmo, moveu este mundo e o outro, em prol de uma causa que não é sua, mas que é de todos. Pode vir a ser muito pessoal, infelizmente. 

Também não estava muito consciente da doença. Nunca na minha familia aconteceu semelhante tragédia, aconteceram outras e aí despertou-em a consiencia para problemas de mobilidade, locomoção, deficiências...nunca doenças...doenças que matam. E eu era uma pessoa que me dizia solidária, altruista e tal...Estava enganada. Não era...Ela é.E eu sinto um imenso orgulho por ela.

Facto

As miúdas mais giras que conheço são as mais inseguras e com mais baixa auto-estima.

As ultimas férias a dois

Quando comprei o bilhete para os "Muse" estava longe de imaginar que engravidaria nesse mesmo dia.

E assim, em vez de me aventurar por terras de espanha fico-me pelo Porto. Vou ao concerto e aproveito uns dias de lazer.

Vamos ficar neste hotel, e já tenho uma ideia de tudo o que quero ver e fazer. Espero ter energia para tudo, que a barriga já começa a pesar...

Terão um gostinho especial, estas férias, que serão as ultimas a dois.

Complexo de?!?!?

A minha sogra passou-se! Mas passou-se mesmo.

Antes, era uma pessoa apagada, sem vida, que se vestia bem, mas sem se arranjar muito. Andava inumeras vezes de fato de treino e nunca tinha arranjado as unhas.

Depois do meu casamento começou a arranjar-se mais, a ir arranjar as unhas todas as semanas, a vestir sempre a ultima moda das lojas (independentemente de ser adequado à idade dela ou de lhe assentar bem no corpo).

Agora...desde que estou grávida, começou a comprar roupas largas, blusas com folga para a barriga, vestidos fluidos...basicamente, está a adoptar um estilo perfeitamente adequado a uma grávida. E sempre que me vê com algo vestido, rapidamente aparece com qualquer coisa semlhante e pior...poe-se com comparações...

Será isso algum sinal que devo dar um toque ao filho para começar a procurar um psicologo para ela?

É que já é uma situação comentada e começo a sentir vergonha alheia...

Nunca o Dia da criança me fez tão sentido

Declaração dos Direitos da Criança
1º Princípio – Todas as crianças são credoras destes direitos, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, condição social ou nacionalidade, quer sua ou de sua família. 2º Princípio – A criança tem o direito de ser compreendida e protegida, e devem ter oportunidades para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. As leis devem levar em conta os melhores interesses da criança. 3º Princípio – Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade. 4º Princípio – A criança tem direito a crescer e criar-se com saúde, alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas, e à mãe devem ser proporcionados cuidados e proteção especiais, incluindo cuidados médicos antes e depois do parto. 5º Princípio - A criança incapacitada física ou mentalmente tem direito à educação e cuidados especiais. 6º Princípio – A criança tem direito ao amor e à compreensão, e deve crescer, sempre que possível, sob a proteção dos pais, num ambiente de afeto e de segurança moral e material para desenvolver a sua personalidade. A sociedade e as autoridades públicas devem propiciar cuidados especiais às crianças sem família e àquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas. 7º Princípio – A criança tem direito à educação, para desenvolver as suas aptidões, sua capacidade para emitir juízo, seus sentimentos, e seu senso de responsabilidade moral e social. Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito. 8º Princípio - A criança, em quaisquer circunstâncias, deve estar entre os primeiros a receber proteção e socorro. 9º Princípio – A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, abandono, crueldade e exploração. Não deve trabalhar quando isto atrapalhar a sua educação, o seu desenvolvimento e a sua saúde mental ou moral. 10 º Princípio – A criança deve ser criada num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes. Tinha esta declaração na porta do meu quarto em casa dos meus pais. Muitas vezes socorria-me dela para me defender, para chantagear, para levar a água ao meu moinho.  Arranjava sempre argumentos para me defender, para não ajudar a minha mãe, para não ficar de castigo quando escondia o lanche debaixo da cama ou roubava pastilhas da loja (tirava uma pastilha de cada caixa).

A propósito da feira do livro (que por aqui não há)

A minha mãe sempre me incentivou a ler. Lia-me os livros da Anita, quando eu não tinha sequer idade para perceber. Nunca fui muito de histórias da branca de neve, carochinhas e afins. Mas adorava a Anita. E outros que vieram a seguir. De aventuras de preferencia. 

Iamos regularmente a Fátima, era perto, e a minha mãe devota, encontrava em Fátima a paz necessária para aguentar, com 24 anos, uma filha com menos de 3 anos e um marido em coma. E aí me comprava livros. Muitos. Dos pastorinhos. Ensinou-me que os 3 pastorinhos eram os meus melhores amigos imaginários. E eu deliciava-me por ter amigos que vinham nos livros. 

Eu sabia as histórias da Anita (e ainda tenho uma coleção imensa), as aventuras dos 3 pastorinhos e outros que não recordo.

Quando fui para a primária já sabia as letras, e foi muito dificil a minha integração, pois tudo era desinteressante, não estava a aprender nada de novo. Desinteressante ao ponto da professora, no dia de aprendermos a letra F, me mandar para a Biblioteca Itinerante da Gulbenkian. E nesse dia fiquei toda inchada, porque os meus colegas estavam na escola a aprender uma letra e eu, fui mandada  para a Biblioteca ler. Para a professora foi um castigo que me deu, para mim foi um presente. 

Da fibra que somos feitas

Eu e a minha irmã não podemos negar que somos filhas do mesmo pai e da mesma mãe. Se eu sou ficamente mais parecida com a mãe, ela é com o pai. E no feitio...eu sou igual à mãe e ela...é tal e qual o pai. Mau feitio portanto.

Ou melhor...mau feitio que é só fogo de artificio.

A minha irmã está a passar por uma separação...viviam juntos desde Outubro...mas o mau feitio dela também contribuiu para este desfecho. Ela faz e acontece, ela grita e explode, com ou sem razão (tal qual o paizinho dela), mas na hora de tomar decisões acertadas, não o sabe fazer. Aparentemente tem mau feitio, não é tolerante, e a coisa descamba, claro está. E quem acaba  por sofrer mais é ela, que perde a razão, que sofre horrores e não é capaz de reagir.

E a capacidade de reagir ás adversidades é que faz de nós pessoas com fibra, resistentes e de cabeça erguida. E tenho pena que a fibra dela não seja igual à minha e da nossa mãe.

Julguei-a mais forte. Enganei-me. Ou é apenas o sindrome de irmã mais velha que não quer ver a maninha a sofrer.

Ou é moda ou é pecado.

Quando assumo que gosto de doces, de gelados, bolos e bolinhos, quase sou cruxificada.

Parece que de um momento para o outro toda a gente se lembrou ser adepta da comidinha saudável (ou melhor, da comidinha sem sabor - que o sal faz mal), de ser fundamentalista ao ponto de não comer  qualquer tipo de açucar, de cortar no café por que a cafeina faz mal, etc e tal. Para mim isso é passar fome. 

E quando assumo que como bem, (sou bom garfo sim senhora), que cozinho bem (cof, cof), e que adoro um docinho, um gelado, uma coca-cola fresquinha, umas bolachinhas a meio da manhã para enganar a fome...sou olhada de lado, falam-me com desdém, julgam-me em pensamento. 

E grávida ainda pior. Não comas, olha o peso. Caramba, tenho 1.73m, pesava 72kgs, o IMC estava normalissimo. Agora peso 76kgs e estou grávida de 20 semanas. As minhas analises estão normais, (a glucose está a baixo do que deveria), o colesterol está normal. Sou uma pessoa saudável, graças aos meus paizinhos que assim me fizeram. Qual é o problema desta gente?!?!?

É moda passar fome ou é pecado assumir que se come bem e felizmente isso não tem implicações na saúde?

Obrigadinha!

(Ah e as cerejas que hoje aqui me chegaram? 3kgs de puro prazer numa caixa SÓ PARA MIM!

Girar o Globo

Ando com vontade disso mesmo. Fazer girar o Globo e apontar para o fazer o parar.

O ponto tocado devia ser o proximo destino de férias, independentemente da distância, dos euros necessários, do estado de grávida gorda...

Big Brother is watching you

Há cenas do caraças.

Estava eu mesmo agora a falar com uma amiga que tinha perdido o contacto dela, porque naquela de trocar de telemóvel e manter o cartão, os contactos por vezes, ficam no telemóvel antigo e nem damos por isso. Ela por sua vez, dizia que tinha perdido o contacto de outro amigo, precisamente da mesma forma.

E eis que a minha amiga Vodafone, atenta aos problemas dos clientes, acaba de me enviar um sms com "Já alguma vez perdeste os teus contactos? Guarda sempre uma cópia segura no Vodafone Contactos"

Deverei começar a preocupar-me com qualquer actividade ilicita, ou conversas mais ou menos indecentes que tenha?!? Não vá o meu telemóvel e chat do gmail estar sob vigia constante...

Do trabalho

Ter brio profissional é algo que não se aprende. A pessoa pode ser muito inteligente, bem formada, enfim,  um poço de qualidades, mas se lhe faltar brio, está tudo estragado.

Estive uns dias a digerir a coisa, mas na minha opinião, dá tanto ou mais trabalho, fazer errado do que fazer certo. Há o trabalho de fazer mal, corrigir e fazer bem, ou opta-se por fazer correcto logo à primeira. Poupam-se chatices, desentendimentos e outros achaques.

Isto e tomar o serviço como um favor pessoal. Temos todos o mesmo patrão, serviço é serviço, não favores que se fazem. É para fazer, faz-se, não se espera que chova.

E são situações destas que ajudam a denegrir a imagem dos funcionários públicos. Paga o justo pelo pecador e no final, o vencimento é certo ao final do mês, trabalhe-se muito ou nada, faça-se bem ou mal...

A disputa

E pronto, conforme previ...a minha sogra acabou de entrar na Corrida mais louca do mundo.

Só ela é que vai ter um neto.

Só o filho dela é que vai ter um filho.

Só ela é que vai comprar TUDO ao neto.

Só ela é que vai amar o neto.

Só ela...

Só ela...

Eu sou a mãe mas isso é um pormenor que podia ser perfeitamente dispensável...

Não se avizinham dias felizes...

Mas por outro lado, nós, os pais, estamos bem, felizes e ansiosos.

Um menino. 16 semanas de gente, a mexer-se que nem um maluco na ecografia. Fotogénico como o pai, bom feitio como a mãe.

Altruismo

Se a blogosfera podia assobiar para o lado e não se mobilizar para ajudar o Rodrigo? Poder, podia... mas não era a mesma coisa.

"Todos por um" é o tema do evento que terá lugar no próximo sábado, dia 20 de Abril, entre as 10h e as 18h, na Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa.

 

Esta iniciativa foi criada no sentido de ajudar a encontrar uma solução para o Rodrigo, que tem leucemia e que precisa urgentemente de um dador de medula compatível.

Uma vez que o IPO já deu alta ao Rodrigo e a solução poderá estar fora do país, esta iniciativa conta com uma venda solidária de artigos que serão doados por várias marcas, bem como por mães, amigas e bloggers.

O valor total das vendas reverte a favor do Rodrigo, para que a mãe possa encontrar uma solução além-fronteiras.

O evento, para além de uma venda solidária terá também unidades de recolha de sangue/medula (estamos só à espera da confirmação do CEDACE que se viu a braços com a nossa pressão de tempo. Não é capricho, o tempo é que não é amigo do Rodrigo...), actividades para crianças, fotografia e bloggers fixolas para vos receberem e darem três dedos de conversa (ou uma mão cheia).

 

Gostaríamos de vos convidar a todos para aparecerem, trazerem amigos, namorados, vizinhos, ex-namorados, família por afinidade, colegas de trabalho. Sem desculpas! Uma picadinha aqui (não dói nada, já sabem!), uma compra gira ali, os miúdos brincam ali e temos um sábado bem passado em prol do Rodrigo!

Quem quiser colaborar com a doação de peças novas para venda e consequentes receitas para o Rodrigo faça o favor de entregar em mãos ou enviar as mesmas (com indicação do preço de venda ao público) e com recepção garantida, no máximo até à próxima sexta-feira, para:

Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa

A/C Professora Sandra Alves

Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa. Av. De Ceuta, edifício urbiceuta.

1350-125 Lisboa

Esperamos por todos vós! O Rodrigo precisa de todos nós!

Pólo Norte, SMS & Miss Glittering

 

(Obrigada à Sandra, à Selma, à Filipa e à Erica que são as mais maiores grandes por se juntarem aqui às três mosqueteiras!)

São gases...

É a resposta que mais dou ultimamente, quando à descarada, passam por mim e me olham para a barriga.

 

Não sei se querem que eu ande por ai a apregoar a gravidez ou se empine a barriga para parecer maior.

 

O certo é que me olham com aquele ar "coitadinha está grávida outra vez, deixa lá confirmar se a barriga está a crescer".

 

Já não dá para disfarçar, mas já ouviram "São gases..."

E deve ser desta

Parece-me que é desta.

A coisa deu-se, que é como quem diz, a minha gravidez é para levar até ao fim.

Claro que o entusiasmo ainda não é a 100%, mas aos poucos vamos aprendendo a estar grávidos. Vamos descobrindo que é bom e não tem de ser só sofrimento.

Fazer a ecografia foi qualquer coisa surreal. Ver um Ser minusculo a acenar e a mexer as pernas com uma energia que só visto foi uma experiencia maravilhosa. Por segundos ainda pensei que podia ser um video do youtube. Mas não, era um vídeo em directo da minha barriga e isso não se explica.

Mas também descobri que não tenho uma visão romântica e fofinha da coisa. Ao deambular por essa net fora, tenho lido relatos que começam e acabam em palavrinhas fofinhas e cheias de -inhos pelo meio.

Não me idenfifico com os -inhos nem com os relatos amorosos que fazem da gravidez.

Ao ler alguns forúm onde grávidas e mãe vão relatar as suas experiencias, não consigo identificar-me com o discurso fofinho que têm. Estar grávida não faz de nós pessoas fofinhas, nem incapazes de ter um discurso "normal", como adultos que somos.

Até agora tem sido uma gravidez de nauseas e sonolência. Nada de fantastico. Dizem para disfrutar do estado de graça. Até pode ser um estado de graça, mas isso não faz de mim nem mais fofinha nem mais amorosa. Estou nauseada, porque hei-de mostrar alegria infinita por ter-um-feijaozinho-fofinho-dentro-da-minha-barriguinha?

Sei que em tempos escrevi que se vinham lamentar para junto de mim que os enjoos e blá bá blá. Sim, é desagradável ter enjoos, e apesar disso, dou muitas graças a Deus que os tenha. É bom sinal. mas continua a ser desagradável. Não durmo em condições, ando super cansada e sem energia para pensar.

Mas não deixo de estar muito feliz!

As curvas da vida

Após descobrir que estava grávida, e ao contrário do expectável, não fiquei feliz...Digamos que fiquei indiferente. Talvez estivesse numa de protecção do meu eu.

Apesar disso, lá fui fazer uma eco, e à partida está tudo ok. Não se viu embrião e segunda feira, lá vou novamente repetir. Aí será a prova de fogo. Ou há, ou não há embrião, não vale a pena andar com floreados, e "esperar mais uma semaninha porque ainda é cedo".

Posto isto, organizei o serviço para a eventualidade de não voltar.

Há que estar preparada para os embates que a vida nos dá, e desta vez, a vida não me vai apanhar na curva, que eu não deixo.

13/02/2013

O dia que quase podia ser uma capicua, trouxe uma noticia.

Era suposto que esta noticia me deixasse feliz, a mim e aos demais, mas...deixa-me mais agustiada e mais apavorada do que estava à espera.

Estou grávida de novo e não consigo estar feliz...

É angustia que sinto, medo do que virá a seguir...

A (não) qualidade de vida

Viver numa cidade do interior tem o seus quês e porquês...

Quando ouço alguém dizer que daria tudo para viver num sitio distante dos grandes centros assusto-me um pouco. E de longe estamos a falar de 200kms.

Sim, há qualidade de vida, no sentido em que há segurança nas ruas, chegamos a casa, ou ao trabalho ou ao supermercado em menos de 5 minutos. Há qualidade de vida porque ouvimos os passarinhos, temos as árvores e as cascatas. Há qualidade de vida porque não há poluição, não há barulho...

Mas também não há tantas outras coisas...

Precisamas de um médico de alguma especialidade, temos que fazer 200kms;

Precisamos de roupa (mesmo que de duas coleções atrás), temos de fazer 200kms;

Queremos um programa cultural hoje e não daqui a 4 meses, temos de fazer 200kms;

Queremos aproveitar a promoção de algo que vimos na tv, temos de fazer 200kms;

Queremos ver gente na rua, temos de fazer 200kms;

Queremos viver e temos de fazer 200kms...

Onde tudo é mais caro, onde não há empregos, onde não há comercio nem oferta cultural, mas onde se ouvem os passarinhos a cantar, não se vive, sobrevive-se.

Feliz de quem ainda tem a ilusão que viver no interior é ter qualidade de vida. Ou melhor, pode haver qualidade de vida, sim, mas paga a peso de ouro, que não está ao alcance de todos.

A Puta da Doença

Levou mais um amigo...

Alcobaça está de luto...o Carnaval não será mais o mesmo...

(Re)começar

Aos 15 dias do mês de Janeiro do ano da graça de 2013, resolvi que iria começar um novo ciclo.

E eis que resolvo pôr-me em cima da bicicleta . Desde Novembro que não sentava lá o meu real traseiro, que entretanto aumentou o seu volume.

E desta vez há um objectivo. 1ª Maratona BTT em 30 anos de vida. 

Fiz um plano de treino, a iniciar ontem e cumpri:

• 25 minutos
• 14,75 Kms
• 370kcal

Bonito de se ver, fácil de cumprir. O treino intensivo a que me sujeitei nos meses de Agosto a Novembro ajudaram a que agora fosse mais fácil.

Hoje, feita alarve, vai de pastel de nata ao pequeno almoço.Diz que é uma espécie de motivação...:)

Finalizar um ciclo e recomeçar outro

Passou 1 ano.

Foi talvez o pior ano da minha vida.
Não me reergui como esperava. Deixei-me afundar em lembranças e em sonhos gorados.
Passou 1 ano e creio que é possível recomeçar de novo.

Recomeçar o quê?
Muitas coisas, entre as quais tentei um novo blog. Escrevi um post. Sobre ter 30 anos e blá blá blá.

O caminho não era aquele.

Não se recomeça do zero.Não se pode apagar o passado. Devemos recomeçar sim, mas o passado deve ser encarado como preparação do presente e do futuro.

Talvez o caminho passe por aqui novamente.

Os pratos da balança

É engraçado ver como a mesma pessoa tem 2 pesos e 2 medidas para a mesma situação.

Interfere comigo e com o meu futuro, mas realmente, estou-me nas tintas se ferir susceptibilidades daqui p'ra frente.

Da janela do meu posto de trabalho

A minha vista do local de trabalho é mais do que priveligiada. Dá para o jardim interior do edificio,onde as pessoas se juntam a conversar e a fumar.

A visão deste momento é uma gravidissima (que veio à  consulta das 35 semanas - porque a ouvi dizer) que em meia hora já fumou 4 cigarros...

DPP - seria hoje

Seria hoje e tento relativizar.

Entrei de férias para não pensar muito nisso, mas o Universo conspira para eu enfrentar os meus medos e no meu primeiro dia de férias tive de voltar ao trabalho e esquecer os meus problemas.

Pode ser um prenuncio de que vou ultrapassar este e os próximos dias de forma tranquila e sem mágoa.