O dia que quase podia ser uma capicua, trouxe uma noticia.
Era suposto que esta noticia me deixasse feliz, a mim e aos demais, mas...deixa-me mais agustiada e mais apavorada do que estava à espera.
Estou grávida de novo e não consigo estar feliz...
É angustia que sinto, medo do que virá a seguir...
O que vejo, escuto, toco e sinto a olhar da minha janela lá no alto do planalto alentejano!
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
A (não) qualidade de vida
Viver numa cidade do interior tem o seus quês e porquês...
Quando ouço alguém dizer que daria tudo para viver num sitio distante dos grandes centros assusto-me um pouco. E de longe estamos a falar de 200kms.
Sim, há qualidade de vida, no sentido em que há segurança nas ruas, chegamos a casa, ou ao trabalho ou ao supermercado em menos de 5 minutos. Há qualidade de vida porque ouvimos os passarinhos, temos as árvores e as cascatas. Há qualidade de vida porque não há poluição, não há barulho...
Mas também não há tantas outras coisas...
Precisamas de um médico de alguma especialidade, temos que fazer 200kms;
Precisamos de roupa (mesmo que de duas coleções atrás), temos de fazer 200kms;
Queremos um programa cultural hoje e não daqui a 4 meses, temos de fazer 200kms;
Queremos aproveitar a promoção de algo que vimos na tv, temos de fazer 200kms;
Queremos ver gente na rua, temos de fazer 200kms;
Queremos viver e temos de fazer 200kms...
Onde tudo é mais caro, onde não há empregos, onde não há comercio nem oferta cultural, mas onde se ouvem os passarinhos a cantar, não se vive, sobrevive-se.
Feliz de quem ainda tem a ilusão que viver no interior é ter qualidade de vida. Ou melhor, pode haver qualidade de vida, sim, mas paga a peso de ouro, que não está ao alcance de todos.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
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